09 fevereiro 2015

Lamento







Hoje vi uma matéria no Site , que me fez parar e pensar um pouco na realidade do mundo em que vivemos. Um mundo a meu ver um tanto de pernas pro ar, onde nos importamos com se homossexuais devem ou não se casar, onde religiões geram guerras sem fim, e preconceitos insólitos, um mundo onde não ligamos para atrocidades como a fome, a miséria e a mutilação de meninas.

A matéria a que me refiro, relata um pouco sobre a vida de Khadija Gbla, nascida em Serra Leoa, que quando tinha 9 anos, foi levada para a Gambia para ser mutilada, por uma senhora com uma faca enferrujada,  ela ainda se lembra da dor e do horror daquele ato. Cresceu a sombra de um trauma físico e psicológico, mas isso a transformou numa ativista contra essa barbárie e hoje ela é cidadã Australiana e diretora da ong: NO FGM-Australia  (FGM é a sigla em inglês para mutilação genital feminina).

Mas o que mais me chamou atenção na matéria, era a sua felicidade em se tornar mãe, sim, ela deu a luz a pouco tempo a um garotinho, mesmo ela achando que seria impossível, ela concebeu esta vida, mesmo depois do trauma e da dor, ela se mostrou forte.

Como podemos permitir histórias de mutilações em meninas em meados do século XXI? E simplesmente fingimos não ver? Como tratamos a Africa com tamanho descaso? Parece que tudo que ocorre lá não importa ao resto do mundo, exceto se entrar no resto do mundo. O ebola foi um exemplo, quem se importou enquanto era só lá? Mas quando entrou na Europa ou EUA, ah aí sim o mundo se mexeu.


Nos esquecemos que ali são seres humanos, o sofrimento, a miséria, a guerra ai são cotidianas, são crianças mutiladas com facas cegas, enferrujadas, muitas morrendo em decorrência disso, e ninguém liga, só querem explorar cada vez mais o continente, que tanto já cedeu aos demais, quando vamos de fato cuidar do mundo? E parar de mesquinharia

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